Deputado José Carlos Araújo (BA) – Foto: Cláudio Araújo
Com voto de minerva do presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (Coética), deputado José Carlos Araújo (BA), a admissibilidade pela continuação do processo (1/15) que prevê a cassação do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi aprovada. A partir de agora, Eduardo Cunha terá dez dias úteis para apresentar sua defesa.
José Carlos Araújo disse que encara o resultado como uma vitória da democracia. E reforçou que não votou pela condenação de Cunha, mas pelo direito de pleno conhecimento dos fatos. “Sou favorável a que as pessoas tenham o direito de defesa e provem sua inocência. É um processo difícil, mas, depois de quase 90 dias, encerramos essa primeira fase.”
Com a justificativa de dar mais agilidade à votação, o relator do processo, Marcos Rogério (PDT-RO), acatou pedido do deputado Paulo Azi (DEM-BA) e retirou do parecer preliminar trechos que caracterizariam o envolvimento de Cunha em supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. Azi justificou seu pedido dizendo que, essas denúncias ainda não foram comprovadas e se ocorreram, teriam sido antes do atual mandato do presidente. As denúncias serão analisadas pelo do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (2).
Novo processo
Logo mais, às 14h30, está agendada reunião do colegiado para votar a admissibilidade do processo contra o deputado Jean Wyllys (PSOl -RJ). A representação por quebra de decoro foi apresentada pelo deputado João Rodrigues (SC), vice-líder do PSD, e endossada pelo presidente nacional da sigla, Guilherme Campos. Segundo o texto, Wyllys teria ofendido Rodrigues, em Plenário, no dia 28 de outubro de 2015, durante a votação que aprovou o Estatuto do Desarmamento (PL 3.722/12). O representado teria chamado Rodrigues de “bandido” e “fascista”.
Carola Ribeiro