Discutir os impasses e perspectivas da gestão cultural nos municípios brasileiros. Esse foi o objetivo da audiência pública realizada pela Comissão de Cultura da Câmara, presidida pela deputada Raquel Muniz (MG). Representantes do setor marcaram presença no debate.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Circuito Turístico da Cachaça em Salinas, Zonete Mendes, defendeu que investir em cultura é investir no desenvolvimento humano. “Precisamos que o Legislativo e o Executivo entendam que quando falamos em cultura, falamos de pessoas e na qualidade de vida delas. É preciso ter mais recursos disponíveis e que o poder público invista na melhoria do acesso a esses recursos”.
Essa semana, Raquel Muniz comemorou o título de Capital da Cachaça, concedido à cidade de Salinas. Zonete lembrou que essa nomeação é um bom exemplo de investimento na cultura local. “A produção de cachaça faz parte da nossa história. O título que recebemos promove o município, movimenta o turismo e gera renda”.
O Representante do Fórum de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados, Ney Carrasco, lembrou que esse é um ano eleitoral e que é muito importante a discussão sobre qual modelo de gestão o brasileiro quer para a cultura. “O setor, muitas vezes, é tratado como de entretenimento, mas, não é só isso. Cultura é formação, é educação, cria postos de trabalho. Principalmente no interior do país”, defendeu.
O prefeito de João Pinheiro, Edmar Xavier, salientou que, apesar dos poucos recursos, os mineiros sempre se unem para preservar a cultura dos municípios e que esse movimento é extremamente importante para o sustento local. “Somos aguerridos, batalhadores. Os gestores têm que saber mobilizar a população porque muitas vezes os investimentos no setor são insuficientes”.
“Em momentos de dificuldade do município são as Secretarias de Cultura que conseguem alavancar as finanças, realizando festas culturais, religiosas, entre outras tantas. É preciso recursos, mobilização e intenção do gestor público. É preciso entender definitivamente que cultura é investimento”, disse Raquel Muniz.
Manu Nunes
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