O deputado Guilherme Campos (SP), ex-líder do PSD, pediu mais transparência nas transações financeiras feitas pelos clubes de futebol brasileiros. A questão foi discutida em audiência pública realizada, nesta terça-feira (10), pela comissão especial que analisa o Projeto de Lei 6.759/13, que cria o programa de fortalecimento dos esportes olímpicos (Proforte) e altera a Lei 9.615/98, que institui normas gerais sobre desporto, entre outros.
“Alguns clubes apresentam receita e despesa, mas não detalham os números. Na maioria das vezes, se omitem quando se questiona quanto ganham os jogadores ou quanto fica para o empresário e para o clube”, justificou o parlamentar.
Segundo ele, a transparência evidenciaria a realidade da movimentação financeira no mundo do futebol. “Muita coisa fica só na ideia e na fantasia coletiva. Os números são conhecidos apenas pelos envolvidos nas transações. A proposta contribui, também, para que cada clube consiga mostrar sua capacidade em assumir compromissos de reorganização orçamentária”.
Outro ponto destacado por Campos é a revisão do calendário anual de jogos defendida pelo movimento Bom Senso Futebol Clube. “A ideia é que times menores tenham mais atividade durante o ano e os maiores menos, mas quem vai pagar a conta? Como montar essa equação financeira? Não enxergo uma solução prática para isso”, concluiu o parlamentar.
Representantes de clubes que disputam a série A do Campeonato Brasileiro, presentes ao debate, apresentaram números do endividamento e apoiaram a aprovação do projeto.
Jaque Bassetto