Por solicitação do pessedista Sandro Alex (PR), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura casos de crimes cibernéticos realizou, nesta quarta-feira (6), audiência pública. Na pauta, o financiamento de sites que oferecem serviços ilícitos e conteúdo pirata. Participaram empresas de publicidade online que atuam no setor: a UOL e a Egrana.
“Após denúncia desta CPI, ano passado, a Polícia Federal (PF) desencadeou a operação Barba Negra, que comprovou o patrocínio de grandes anunciantes do Brasil e até mesmo do governo federal, de sites com conteúdos ilícitos. Esse foi um trabalho maravilhoso dessa CPI, um legado que vamos deixar”, disse Sandro.
Durante a audiência, o deputado apresentou documentos da operação da PF que comprovam a relação do provedor de internet UOL, em venda de contratos de publicidade com sites de conteúdos pirata. A diretora de assuntos regulatórios da UOL, Carol Elizabeth Conway, disse que o combate ao crime na internet é um esforço colaborativo e a empresa está disposta a apurar e coibir as práticas de anúncios em sites ilegais.
“O bandido age rápido, então a resposta tem que ser rápida também. Alguns dos fatos nós estamos tendo conhecimento aqui através do deputado Sandro Alex. É nosso dever apurar. E além de nosso dever, é vontade e princípio da empresa”, esclareceu a diretora.
O presidente da Egrana, Julio Schmidt, esclareceu questionamentos do parlamentar sobre os fluxos de funcionamento dos anúncios. Segundo ele, a empresa atua com critérios de aprovação de sites. “Nós fazemos uma seleção das páginas que vão receber o anúncio. O direito autoral é um dos critérios para aprovação. Isso é muito importante para evitar qualquer crime.”
Diane Lourenço