Debater os desafios de pessoas com anemia falciforme foi o objetivo da audiência pública realizada a pedido do vice-líder do PSD, deputado Eleuses Paiva (SP), na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), nesta quinta-feira (30). O parlamentar convocou reunião a pedido do ex-líder do partido, deputado Guilherme Campos (SP), que possui forte atuação em prol da causa no Congresso Nacional.
Eleuses é médico por formação e destacou a necessidade de buscar alternativas para combater os sintomas que impedem as pessoas com anemia falciforme de levar uma vida normal. “Espero que, cada vez mais, a gente tenha condições de fazer diagnósticos precoces, utilizar as ferramentas que temos à disposição para levar qualidade de vida a essas pessoas e diminuir o índice de mortalidade no nosso país”, enfatizou.
A anemia falciforme é uma doença hereditária que provoca alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice. Com esse formato, é dificultada a circulação sanguínea nos pequenos vasos, provocando lesões, maior tendência a infecções, fadiga intensa e, principalmente, dor. Sem tratamento adequado, os portadores podem chegar à morte, o que já ocorreu com 130 pessoas no Brasil este ano, conforme dados do Ministério da Saúde. A dor é o principal sintoma relatado pelos doentes que, em sua maioria, não conseguem estudar, trabalhar ou praticar atividades habituais.
Segundo Guilherme Campos, é de extrema importância trazer para o conhecimento de todos as características da doença para que haja uma mobilização em prol dessas pessoas. “Varias ações têm sido implementadas para melhorar a qualidade de vida dos doentes. É nesse sentido que apresentamos essa pauta, para que o tema seja objeto de reflexão e mais ação nas políticas públicas”.
Participaram da audiência Maria Zenó,coordenadora-geral da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal); Joice Aragão de Jesus, coordenadora da Política de Doença Falciforme da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde; e Carmen Rodrigues, enfermeira do Centro Infantil Boldrini de Campinas.
Renata Guimarães