Durante audiência pública realizada nesta segunda-feira (25), o deputado Francisco Júnior (GO) analisou o cenário atual da crise causada pelo novo coronavírus. Os debates aconteceram na comissão mista que fiscaliza as ações para o enfrentamento da doença e ouviu o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, além de representantes da instituição.
Deputado federal Francisco Júnior; (Foto: Cláudio Araújo)
Francisco Júnior é relator da comissão e apresentou questões que vão direcionar o relatório final. “Nós precisamos projetar o pós-pandemia. Mas além do que já é feito, o que precisamos focar? Vemos que existe uma dificuldade do governo em gastar os recursos. Na avaliação da sua instituição, o governo deve gastar agora ou reservar para ter gordura em uma eventual extrapolação da crise até 2021?”, questionou.
Segundo Felipe Salto, o país inevitavelmente caminha para aumento da dívida pública no próximo ano. “Este é o momento de gastar, mas os gastos precisam ser temporários. Se não forem, o Estado vai ter dificuldade de reequilibrar a dívida sobre o PIB em 2021. Mas o eixo importante para o pós-crise é definir quais as ações e medidas para estabelecer regras fiscais e recuperação de receitas em 2021.”
No início dos debates os deputados e senadores aprovaram os requerimentos para oitiva dos próximos participantes na comissão. Entre eles, o pedido aos Ministérios da Saúde, da Economia e da Cidadania para envio de informações semanais que vão auxiliar na condução do plano de trabalho do colegiado.
Até agora, comissão já ouviu os ministros da Economia, Paulo Guedes; da Cidadania, Onyx Lorenzoni; o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida; o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães; e o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto. A previsão é que os trabalhos se encerrem até dezembro deste ano.
Diane Lourenço