Em entrevista ao programa Palavra Aberta da TV Câmara, o deputado Arolde de Oliveira (RJ) afirmou ser contra o financiamento público de campanha proposto por um projeto que tramita no Congresso Nacional. “Se nós estamos vivendo uma crise por falta de recursos e queremos combater a corrupção, não podemos criar mais uma fonte de corrupção e despesa. Ou seja, não concordo em criar um mecanismo para a eleição ser paga pelo contribuinte”, justificou.
Para Arolde a reforma política não é assunto da Presidência da República, a não ser como sugestão de Projeto de Lei enviado ao Parlamento. Segundo ele, na reforma política não devem ser analisadas apenas mudanças partidárias e eleitorais.
“Temos que considerar também a reformulação do pacto federativo e uma reforma tributária. Então, uma constituinte exclusiva, neste momento de crise, além de demorar muito se for convocada com plebiscito, não vai atender aos anseios da população cujo pote encheu e quer resposta imediata”, afirmou.
Ao falar sobre as manifestações populares, Arolde disse que a resposta esperada pela população é o combate à inflação, a prisão dos mensaleiros condenados e investimentos imediatos na saúde e educação. O deputado defendeu ainda o término dos empréstimos internacionais a fundo perdido.
Jaque Bassetto