Em discurso no plenário da Câmara, na última semana, o deputado Arolde de Oliveira (RJ) disse que a presidente Dilma Rousseff foi insensível ao anunciar a importação de serviços médicos sem dar ouvidos aos profissionais da área e afins. Segundo ele, esses profissionais defendem e têm sugerido a instituição de carreira de Estado, “com a qual concordo plenamente, pois as condições do concurso público já fixariam previamente, por meio de rodízios, o atendimento às periferias sociais”.
Arolde também deu ênfase ao pagamento desses profissionais estrangeiros. Ele explicou que os convênios bilaterais entre Cuba e países importadores prevê o pagamento de um valor em dólares, por médico, ao mês. Porém, ao profissional cubano de saúde resta apenas uma remuneração que não chega a 20% desse total. “A diferença fica com a ditadura comunista castrista”, justificou.
O parlamentar considerou o processo remuneratório uma forma moderna de escravidão como ocorria em sistemas do passado. “Além de desvalorizar os profissionais brasileiros, a importação torna o Brasil conivente com a exploração sofrida pelos médicos, que receberiam bem menos que o montante repassado ao governo cubano”, destacou.
Arolde questionou ainda, a falta de manifestação de “ativistas” dos direitos humanos. “Afinal, a escravidão é a ação humana mais combatida no mundo, seja infantil, de menores de idade, ou sob qualquer outra forma, como essa de Cuba que presenciamos agora. Então pergunto, onde estão os ativistas dos direitos humanos que não se manifestam?”, concluiu Arolde.
Jaque Bassetto