As empresas de telefonia não conseguiram justificar os preços praticados para os planos pré e pós-pagos de celulares durante exposição em audiência pública, realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor (CDC), nesta quarta-feira (13). A opinião é do presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (BA). Ele destacou que o debate foi proveitoso, porém não atendeu ao objetivo, que era a possibilidade de garantir a redução das tarifas.
Entre as principais alegações do setor estão os impostos pagos no país. “A carga tributária é realmente muito alta, mas isso por si só não é o que encarece. O disparate entre o preço de uma modalidade e outra é muito grande. Como pode um telefone pós-pago ter um preço por minuto e o pré-pago outro? Se a rede é a mesma não tem razão para essa diferenciação”, justificou Araújo.
O parlamentar ressaltou também a má qualidade dos serviços prestados no interior do país. Segundo ele, índices de amostragem são realizados em cidades polo, onde a qualidade do serviço é melhor. “Mas o Brasil não é só São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. É também o interior da Bahia, do Amazonas e do Mato Grosso”, salientou.
Alexander Castro, diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), afirmou que o país lidera o ranking da América Latina com mais de 30% de carga tributária sobre as ligações.
Marcos Augusto Mesquita Coelho, diretor de Relações Institucionais da Oi, destacou que as tarifas de celular pré-pago são mais caras devido ao perfil do cliente que, normalmente, não consome outros produtos da empresa.
Jaque Bassetto