34 anos do SUS: Fábio Trad afirma que é o maior sistema público de saúde do mundo

Deputado Fábio Trad (MS). Foto: Cláudio Araújo

O deputado Fábio Trad (PSD-MS) destacou, no Plenário da Câmara dos Deputados, os 34 anos de existência do Sistema Único de Saúde (SUS) completados nesta terça-feira (17). “O maior sistema público de saúde do mundo merece celebração e reconhecimento”, declarou.

Para dimensionar a importância do SUS, o parlamentar estabeleceu um contraponto com a realidade do Brasil dos anos 1980. À época, segundo ele, somente aqueles que tinham carteira assinada possuíam acesso aos serviços hospitalares. Os demais dependiam de algumas instituições públicas e de centros religiosos filantrópicos com poucos recursos e muita demanda.

Por conta disso, de acordo com Trad, os números da mortalidade infantil, por exemplo, eram alarmantes e estavam sempre nas alturas.

“A cada dois minutos e meio morriam duas crianças com menos de um ano de idade no Brasil. No sertão de Alagoas, no período mais dramático da seca, entre 1983 e 1985, em cada grupo de mil crianças, 633 morreram antes de completar um ano de idade. E a maior parte das mortes poderia ter sido evitada, pois era causada por fatores como diarreia e desnutrição”, disse o parlamentar.

Congresso Constituinte
Ele relembrou, também, o início da mudança dessa triste realidade:
“Em 1988, após a reabertura democrática, tudo começaria a mudar num processo histórico consolidado a partir deste Congresso Nacional. Os constituintes entenderam que a saúde deveria ser direito de todos e dever do Estado e, foi assim, no dia 17 de maio de 1988, que foi inaugurado o Sistema Único de Saúde.

Foram 9 votos contrários, 6 abstenções e 472 votos a favor da criação do artigo 196, que estabelecia os fundamentos do SUS, com princípios de universalidade, para todos; de integralidade, com atendimento completo; e de equidade, sem distinção. E com um sistema descentralizado, municipalizado e participativo”, destacou.

Ultratecnologia
O deputado sul-mato-grossense qualificou o SUS como um sistema inclusivo que abrange desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial até as cirurgias mais complexas do mundo.

Ele citou procedimentos cirúrgicos ultratecnológicos, como a mielomeningocele, na qual as crianças são operadas ainda dentro do útero da mãe.

“Também há o TheraSuit, tratamento de fisioterapia intensiva que promove o aceleramento do processo funcional do paciente de 2 a 15 anos e que na rede particular custaria cerca de R$ 16 mil. Na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) é oferecido de graça por intermédio do SUS”, disse o parlamentar, que recentemente foi apresentado ao procedimento médico em visita à Apae Campo Grande (MS).

Distorções
Ele admitiu haver distorções muito graves e, por isso, há também a necessidade de aperfeiçoamentos no sistema de saúde. No entanto, salientou o fato de o País ter o maior sistema de saúde pública do mundo.

“O SUS acabou com o brasileiro de segunda classe, com o brasileiro que não tinha direito à assistência social. É talvez o maior movimento de inclusão social do mundo, fator transformador da sociedade brasileira. Sem esquecer do que seria do Brasil nessa crise sanitária se não fosse o SUS? Quantos milhões de vidas não seriam salvas? 435 milhões de doses aplicadas, 165 milhões de pessoas totalmente vacinadas e 92 milhões já com dose de reforço. Graças aos médicos, enfermeiros, motoristas de ambulância e outros valentes servidores e profissionais da saúde que arriscaram suas vidas na linha de frente. Viva o SUS, viva o Brasil!”, finalizou.

Assessoria de Comunicação do deputado Fábio Trad

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