Em atendimento ao Requerimento 6/15, do deputado e relator Sérgio Brito (BA), a comissão especial que discute a alteração no Código Brasileiro de Trânsito (PL 8.085/14) realizou, nesta terça-feira (24), audiência pública para debater a utilização dos simuladores de direção veicular no processo de formação de condutores.
Segundo o parlamentar, as políticas adotadas atualmente são insuficientes para tornar o trânsito seguro. “Dados da entidade gestora do seguro obrigatório (DPVAT) demonstram que, somente em 2014, o Brasil indenizou 52.226 famílias por morte de pessoas vítimas de acidentes. Outras 595.693 foram indenizadas por invalidez.”
Brito questionou a obrigatoriedade dos simuladores nos centros de formação de condutores. “Quais as vantagens e desvantagens dos aparelhos e quais os custos desses equipamentos para os usuários? São realmente necessários? Com todo esse vai e vem de portaria e resoluções a sociedade se sente insegura com as decisões do Conselho Nacional de Trânsito (Contran)”, afirmou.
De acordo com o coordenador geral de qualificação do Fator Humano no Trânsito, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Daniel Cândido, o conselho não fará mais nenhuma alteração na norma. “Um dos motivos do atraso foi a consolidação das empresas fabricantes de simuladores que não tinham capacidade para o fornecimento de unidades suficientes. Agora, no entanto, a resolução é irrevogável”.
Para Edson Luís da Cunha, presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Rio Grande do Sul, o uso dos simuladores traz vantagens aos condutores. “O uso do aparelho dá mais segurança a quem nunca dirigiu em condições reais. Quanto a gastos, quatro das cinco empresas que vendem os equipamentos trabalham em forma de comodato, sem custos para os centros de formação.”
Bruna Marques