O Conselho de Ética da Câmara decidiu arquivar, nesta terça-feira (18), as representações do Psol contra os deputados João Carlos Bacelar (PR-BA) e Marcos Medrado (PDT-BA), pela suposta existência de um balcão de negócios referentes à compra de emendas parlamentares por parte dos parlamentares.
No primeiro relatório preliminar, em que estava envolvido o deputado licenciado Marcos Medrado e que foi elaborado por Ricardo Izar (PSD-SP), sete deputados se mostraram favoráveis ao arquivamento da representação, três foram a favor e ainda houve uma abstenção.
Já o segundo, cujo envolvido era o deputado João Carlos Bacelar e que teve o deputado Sibá Machado (PT-AC) como relator, o placar foi mais elástico. Oito votaram pelo arquivamento da representação do Psol, enquanto dois votaram favoráveis para que o processo fosse aberto e houve ainda uma abstenção.
O deputado do PSD, Ricardo Izar, demonstrando abatimento pelo fato de o seu relatório ter sido rejeitado, comentou que o Conselho de Ética não é um tribunal de exceção e que apenas tinha o desejo de que os fatos fossem apurados.
Ainda de acordo com o seu pensamento, se as investigações fossem abertas, as partes envolvidas seriam ouvidas e as acusações seriam apuradas.
A última vez que o Conselho de Ética da Câmara puniu um parlamentar foi em junho do ano passado, quando cassou a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), acusada de ter participado do Mensalão do DEM. Contudo, ela foi absolvida em plenário em votação secreta por larga margem.
O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) apresentou voto em separado pela aprovação da representação contra João Carlos Bacelar e Marcos Medrado e abertura das investigações. Ele entendia que existiam elementos suficientes, mas sua tese acabou derrotada.
Da Redação