Alessandra Flach
Autor de uma emenda que veta o artigo da Lei da Copa que permitia a venda de bebidas alcoolicas nos estádios durante os jogos da Copa do Mundo e na Copa das Confederações, o deputado federal Marcelo Aguiar (PSD/SP) comemorou a notícia de que um acordo firmado entre líderes voltou atrás na decisão de liberar bebidas nos estádios.
O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o líder do PT, Jilmar Tatto (PT-SP), anunciaram nesta quarta-feira (14/03) acordo entre os partidos da base aliada para retirar do texto da Lei Geral da Copa a liberação de bebidas alcoólicas nos jogos do Mundial.
Membro titular da Comissão Especial de Bebidas Alcoólicas, Marcelo Aguiar é contra a liberação de bebidas. “Foi uma decisão importante porque se liberarmos as bebidas nos estádios, estaremos colocando em risco nossas famílias e todos aqueles que forem assistir aos jogos, além de rasgar uma legislação que hoje protege as pessoas”, disse o parlamentar.
Dados indicam a queda no número de casos de violência nos estádios após a proibição, por alguns governos estaduais, da venda de bebidas. “É até absurdo a Fifa estar pedindo a liberação da venda dessas bebidas. Isso coloca em risco nossas famílias”, criticou Marcelo Aguiar.
Devido às negociações e por decisão do presidente da Câmara, Marco Maia, a votação do texto no plenário, anteriormente prevista para esta quarta, ficou para a próxima semana. A venda de bebidas nos estádios era o principal ponto de divergência entre os parlamentares. Antes do adiamento da votação, a intenção, era fazer a votação do texto principal e a apreciação em separado (na forma de um destaque) da venda de bebidas.
O Estatuto do Torcedor já trata do assunto e veta a presença nos estádios de “bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência”. Como o texto original da Lei da Copa não libera nem proibe expressamente a venda de bebidas, ficará a cargo dos estados interpretar o Estatuto e negociar a venda de álcool.