A deputada Liliam Sá (PSD-RJ) disse que o governo dos Estados Unidos está realizando uma sindicância para verificar denúncias de que estão sendo oferecidos pacotes turísticos a norte-americanos, tendo como alvo a região amazônica. De acordo com as denúncias, os pacotes ofereceriam festas privadas com a participação de adolescentes do sexo feminino.
“Se estas denúncias se confirmarem, não tenham dúvida de que não só as autoridades norte-americanas como as nossas também, necessitam adotar sérias medidas para conter essa exploração. Isso não pode continuar ocorrendo diante dos nossos olhos, em detrimento das nossas crianças”, sentenciou.
Sobre o mesmo assunto, porém na esfera federal, a deputada federal Liliam Sá, na condição de autora e relatora, participou de mais uma audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Ela ouviu atentamente os depoimentos do Capitão de Mar e Guerra, Paulo César Machado, Capitão dos Portos da Amazônia Ocidental, e da chefe do Departamento de Registro, Fiscalização e Estatísticas da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur).
A audiência pública serviu para esclarecer as denúncias de que meninos e meninas são explorados sexualmente por turistas que visitam a região e usam a pesca esportiva como fachada.
A CPI da Câmara dos Deputados já percorreu os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco. “Nesses estados”, contou Liliam Sá, “encontramos um cenário trágico, no que diz respeito ao enfrentamento da exploração sexual infanto-juvenil. Constatamos que o consumo do crack está diretamente ligado à prostituição infantil”.
Segundo a parlamentar do PSD, não é apenas o crack que faz aumentar as estatísticas deste crime cruel. Ela elegeu a impunidade como a principal aliada dos pedófilos. “Falta também orçamento público”, acrescentou Liliam Sá. Existe o sucateamento das delegacias especializadas e a demora na entrega dos laudos que comprovam o abuso sexual, o que acarreta a impunidade.
Para concluir, afirmou: É nossa obrigação desmistificar a imagem de que, no Brasil, é fácil ter sexo com crianças e adolescentes, como mostram as manchetes em canais de mídia internacionais, como a BBC Word, por exemplo”.
Da Redação