O Conselho de Ética da Câmara adiou a votação do relatório do deputado Guilherme Mussi (PSD-SP),no processo contra o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Tal fato se deveu ao início da ordem do dia no plenário. Como, regimentalmente, a sessão do colegiado não poderia ter andamento, o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA) encerrou os trabalhos. Porém, deixou marcada para depois do recesso, em data a ser definida posteriormente, a votação do relatório de Mussi.
Contudo, pelos depoimentos prestados ao longo da sessão, a maioria dos membros do colegiado demonstrou a tendência de seguir o voto do relatório, pelo arquivamento.
Guilherme Mussi comentou: “A maioria dos colegas vai seguir o meu voto (pelo arquivamento). Meu relatório é simples, claro, objetivo, sem rodeios, totalmente esclarecedor e acredito que a maioria seguirá o meu voto”. Ele considera sem fundamento a denúncia contra o deputado e, por isso, pede o arquivamento da representação.
Bacelar é acusado de nepotismo cruzado, utilização irregular de secretário parlamentar e negociação escusa entre parlamentar e servidor. O parlamentar baiano se defendeu das acusações e em diversos momentos culpou a irmã, Lilian Bacelar, pelas denúncias. Segundo ele, Lílian fez as denúncias porque ela trava com ele “uma disputa judicial por herança”.
Mussi foi perguntado por que abriu mão de não fazer perguntas ao seu colega da Bahia e de ter dispensado o depoimento das testemunhas de defesa do acusado. “Primeiro, li a defesa dele e, segundo, as testemunhas nada esclareceriam além do que eu já sabia. Por isso, não achei necessário ouvi-las”.
No outro processo, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar rejeitou a abertura de processo, pedida em representação do PSDB, contra o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP). Por 18 votos contrários, um a favor e uma abstenção, os deputados que integram o colegiado rejeitaram o parecer do relator, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que pedia a investigação do parlamentar.
A representação do PSDB pedia a abertura de processo para investigar as relações de Protógenes com Idalberto Matias Araújo, conhecido como Dadá, ex-sargento da Aeronáutica e acusado de ser o “araponga” da organização comandada pelo contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em sua defesa, Protógenes lembrou que foi autor do pedido de instalação da CPMI do Cachoeira e que, portanto, seria incoerente atribuir a ele qualquer relação com o esquema. Protógenes argumentou que a aprovação do parecer do deputado Amauri Teixeira, a favor da abertura do processo, já seria sua condenação política.
Da Redação
Com informações da Agência Câmara