O racionamento imediato de água é a alternativa apontada pelo deputado Guilherme Campos (SP), ex-líder do PSD, para reduzir a iminente falta d’água em Campinas e nas cidades que compõem o consórcio Piracicaba, Capivari, Jundiaí, (PCJ), além das que se abastecem do sistema Cantareira, região metropolitana de São Paulo. A questão foi discutida nessa quarta-feira (19) com o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, durante audiência em Brasília.
“Não existe nenhuma outra ação em curto prazo que nos dê uma segurança para enfrentar o período de estiagem que não seja o racionamento. Várias ações de médio prazo tem que acontecer paralelamente. Mas no momento, a economia, é a principal”, justificou Campos.
O parlamentar destaca que se a situação não for administrada de imediato causará um colapso no estado. “A irracionalidade e a irresponsabilidade de não racionar agora vai nos levar ao caos em um futuro muito próximo. Teremos um grande evento que é a Copa do Mundo com afluxo de milhares de pessoas em todas as regiões da capital, que vem agravar ainda mais a situação extremamente aguda que passamos hoje”, afirmou.
Segundo Campos os números revelam que se a chuva chegar, mesmo que com força, não será suficiente para recompor rapidamente o nível dos rios. “O caso mais alarmante é o do rio Piracicaba, que sofreu uma redução na vazão de 202, a média histórica, para 19 metros cúbicos por segundo. O Atibaia, que já teve vazão de 37, agora amarga 6,5 metros cúbicos por segundo”, lamentou.
Andreu informou que já levou a preocupação para o estado de São Paulo e para as autoridades do consórcio. Também avaliou que o racionamento seria importante nesse momento.
Jaque Bassetto