Em discurso feito no plenário da Câmara, nesta terça-feira (06), o deputado Danrlei de Deus (PSD-RS) demonstrou preocupação quanto ao futuro das rodovias que cortam o Estado.
Segundo o parlamentar do PSD, “mais de mil quilômetros de estradas voltarão a requerer manutenção e conservação por parte do Governo Federal a partir de abril do próximo ano. E o mais grave é que ainda não temos planos para elas”.
Inicialmente ele indagou: “Como ficarão as rodovias que serão devolvidas à União pelo Governo do Rio Grande do Sul no início do próximo ano?; rodovias estas que atualmente estão sob a administração privada e que não terão os seus contratos renovados com as empresas concessionárias?”.
Ainda segundo Danrlei de Deus, existe um gargalo que tem sido apresentado, praticamente aos gritos, pela sociedade gaúcha. “É a necessidade de construção de uma segunda ponte para a travessia do Guaíba que não está contemplada no Orçamento de 2013”, antecipou.
Sobre a questão da ponte móvel do Guaíba, o deputado fez um apelo: “Atentem para o fato de que de nada adianta melhorar as estradas de acesso, as rotas que cruzam o Rio Grande do Sul de Norte a Sul, de Leste a Oeste, se não tivermos uma alternativa à ponte móvel do Guaíba. Em plena capital gaúcha, as pessoas, as mercadorias, a economia, ficam presos por horas, a espera da passagem de navios”.
Na visão do parlamentar, os milhões de reais aplicados na infraestrutura do Estado não se justificarão perante os motoristas sem a solução desse nó que a atual ponte sobre o Guaíba dá na economia estadual.
“Essa obra teria, no meu entendimento, de estar pronta para a Copa de 2014, já que Porto Alegre é uma das cidades-sede. Mas, segundo dizem, ela só se iniciará no ano da competição mundial. E tem mais: essa é apenas somente uma previsão”.
Disse, por outro lado que, “Já nos perdemos em obras que julgo relevantes e que até agora resultaram em nada, como a BR-448, por exemplo, com a ampliação da BR-101, que levou mais de 20 anos em projetos e obras e ainda não está concluída, e ainda hoje vemos obras inacabadas e outras que sequer foram licitadas na RS-118”.
Ele acredita que, “mesmo que as obras começassem agora não haveria tempo hábil para oferecermos uma via melhor aos turistas que vierem do Mercosul para assistirem os jogos no Rio Grande do Sul. Perde a cidade, perde o Estado, perde a economia do País”, concluiu.
Da Redação