Em audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), nesta quarta-feira (6), o deputado Urzeni Rocha (RR), defendeu a implantação de duas novas usinas termoelétricas como solução imediata para a crise energética de Roraima.
“É necessário criar um dispositivo estabilizador da carga de energia na rede para que não haja mais prejuízos. Além disso, é preciso alimentar o sistema com mais duas plantas de geração até o ano que vem que produzam, juntas, 150 megawatts para suprir quando houver falhas”, afirmou o parlamentar.
O deputado explicou que desde 2001, Roraima recebe energia por meio de uma linha de transmissão que liga Boa Vista ao complexo de Guri/Macágua, na Venezuela. O contrato inicial garantia a aquisição de 200 megawatts, mas, segundo ele, atualmente foi constatado que a Eletronorte não tem energia suficiente para abastecer os munícipios. “Para suprir a demanda, o Estado compra cerca de 102 megawatts, já que a capacidade das usinas locais é de apenas 47 megawatts”.
Urzeni ressaltou os problemas causados pela falta de energia. “Os apagões são permanentes, com cerca de cinco quedas diárias. Só na semana passada 400 mil pessoas ficaram no escuro e isso mexe com toda economia. Um verdadeiro colapso”, frisou.
Ainda segundo o parlamentar, em médio prazo é importante interligar Roraima ao Sistema Elétrico Nacional por meio do Linhão de Tucuruí, que está em construção e foi projetado para chegar ao Estado até 2016. “Energia precisa de planejamento. Geração é uma coisa e distribuição é outra”, finalizou.
O debate contou com a presença do diretor de Operações da Eletronorte, Wady Charone Júnior; da diretora Operacional da Companhia Energética de Roraima (CERR), Maria Conceição Barros Escobar; e do promotor de Defesa do Consumidor e da Cidadania do Ministério Público de Roraima, Ademir Teles, entre outros.
Danielle Marques