Comissão mista se reuniu virtualmente; (Foto: Diane Lourenço)
Em mais uma audiência pública virtual promovida nesta terça-feira (7), a comissão mista queacompanha as medidas de combate à Covid-19, reuniu parlamentares e representantes de instituições financeiras de microcrédito, do governo, bancos de fomento e do Banco Central. Na pauta, o relator do colegiado, deputado Francisco Jr (GO), analisou o cenário da pandemia e os esforços para a recuperação econômica no país.
Para Francisco Jr, o momento é de pensar em baixar os lucros bancários e salvar as microempresas. “Existe uma expectativa de lucro. Não seria a hora de tentar salvar as empresas para depois pensar no lucro? Outra questão é a necessidade do andamento dos programas emergencial de acesso ao crédito, o Pronampe [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte] e o Pese [Programa Emergencial de Suporte a Empregos]. Quais são as falhas que precisamos aprimorar para tornar essa ajuda mais efetivo?”
Segundo o diretor de fiscalização do Banco Central, Paulo Sérgio de Souza, há uma expectativa de que os programas se desenvolvam. “Apesar de estarmos vivendo uma retração em todo mundo, no Brasil temos visto o crescimento da carteira. Com o risco compartilhado com o BC os programas vão começar acelerar a partir da segunda quinzena de junho e a sociedade vai poder ver os recursos chegando na ponta. Os aperfeiçoamentos que foram feitos na Câmara, com a participação de toda sociedade, colaboram para esse crescimento.”
Segundo o gerente geral de Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Neudson Peres de Freitas, as medidas adotadas pelo BC facilitaram. “As condições oferecidas como as medidas de liquidez e ponderação de risco, facilitaram e nos permitiu reforçar nossa reação com os clientes. Sobre o possível aprimoramento dos programas, estamos fazendo isto juntos com as equipes multidisciplinares e o governo.”
Em relação aos bancos cooperativos, o superintendente de operações e canais digitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Marcelo Porteiro Cardoso, acredita que “o destravamento do crédito” tem sido trabalhado pela instituição junto ao Ministério da Economia. O intuito é aumentar o credenciamento de bancos para operar o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC).
Os trabalhos da comissão mista estão previstos para encerrar em dezembro deste ano, quando acabar a vigência do decreto de calamidade pública no país. Toda semana o deputado Francisco Jr apresenta o relatório parcial dos trabalhos. Para acompanhar as reuniões e ter acesso aos registros do colegiado, clique aqui.
Também participaram do debate virtual:
– Carlos da Costa, secretário especial de produtividade, emprego e competitividade do Ministério da Economia;
– Celso Leonardo Barbosa, vice-presidente de negócios e varejo da Caixa Econômica Federal;
– Neudson Peres de Freitas, gerente geral de Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil;
– Ercílio Santinoni, presidente da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas dos Empreendedores Individuais (Conampe);
– Kedson Macedo, presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras);
– Ênio Meinen, representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB);
– Pedro Ananias Alves, consultor da Associação Brasileira das Organizações de Microcrédito e Finanças (ABcred);
– Luis Carlos Floriani, diretor-Superintendente do Banco do Empreendedor;
– Augusto Sperotto, presidente da SGC/Central e representante das Sociedades de Garantia de Crédito do Brasil;
– Silas Santiago, gerente da Unidade de Políticas Públicas, representando Carlos Melles, presidente do Sebrae Nacional;
Diane Lourenço