O Conselho de Ética da Câmara, por 11 votos a favor e uma abstenção, decidiu nesta terça-feira (17) julgar improcedente a representação contra o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Ele era acusado de nepotismo cruzado, utilização irregular de secretário parlamentar e negociação escusa entre parlamentar e servidor.
Guilherme Mussi (PSD-SP) foi o relator do processo contra o parlamentar baiano. Contudo, o seu parecer tinha sido lido na sessão anterior e agora foi acompanhado pelos membros do Conselho.
O deputado do PSD paulista disse em seu relatório que os fatos apontados na representação não foram comprovados. O ofício do Psol, partido que ofereceu a denúncia, se baseou em uma reportagem da revista Veja, de outubro do ano passado, segundo a qual Bacelar teria empregado no gabinete dele, como secretárias parlamentares, a mãe e a irmã do deputado estadual da Bahia Nelson Leal.
Em troca, Leal teria dado emprego à mãe e a um tio de Bacelar. Além disso, uma das pessoas empregadas no gabinete do deputado federal seria “laranja” dele em uma emissora de rádio na Bahia e empregada doméstica de sua família.
Na semana passada, em sua defesa, João Carlos Bacelar negou as acusações e acusou a sua irmã, Lílian, autora das denúncias e com quem trava uma disputa judicial por herança, de querer atacar seu capital político.
O presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), regimentalmente, abriu o prazo de cinco sessões para o recebimento de recurso. A próxima sessão do Conselho de Ética está previsto para o reinício dos trabalhos, previstos para os primeiros dias de agosto.
Da Redação