O deputado César Halum (PSD-TO) participou, nesta terça-feira (21), da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga Carlos Cachoeira. Nela, os Procuradores da República Léa Batista de Oliveira e Daniel Rezende Salgado falaram sobre suas investigações da empresa Delta, que acarretaram na prisão de Cachoeira em fevereiro deste ano.
Para o deputado César Halum foi de extrema importância a presença dos procuradores da república para futuras investigações do Congresso sobre o assunto.
“Os depoimentos ajudam para que nós não tenhamos nenhuma dúvida que havia uma organização criminosa atuando no Estado. O Ministério Público ainda não terminou sua investigação. Com isso, a CPMI quer descobrir quem pegou no dinheiro envolvido na corrupção além de Carlinhos Cachoeira”, afirmou.
Durante o depoimento, Léa Batista de Oliveira, que foi responsável pela operação Monte Carlo, afirmou que suas investigações prévias se iniciaram em Valparaíso de Goiás, por meio de denuncias anônimas e que com seu desenvolver foi se comprovando e identificando casa de jogos (caça níquel) em funcionamento ilegal com a ajuda de agentes policiais estatais. Depois disso, conta a Procuradora, foram feitas diversas escutas telefônicas que tornaram possível o início desta operação que resultou diretamente na prisão do investigado.
“A operação Monte Carlos revelou uma máfia com fins lucrativos maiores que de empresas. Sua existência por mais de década fez a empresa se entranhar no Estado. Ficou clara sua estrutura hierarquizada e que contou com ajuda de servidores públicos na esfera municipal, estadual e federal.”, afirmou a Procuradora que disse ter inclusive recebido ameaças contra sua família, segurança pessoal e lembrando que a entidade criminosa ainda não foi desarticulada, fato que não ocorrerá até que ela seja sufocada financeiramente.
Da Redação
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