Crise política
Deputados comemoram instalação da comissão especial (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O plenário da Câmara aprovou nesta quinta-feira 17 a lista dos 65 deputados que farão parte da comissão especial que vai discutir o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Embora oficialmente a maioria seja composta por deputados da base aliada, deputados de partidos como o PMDB e o PSD, por exemplo, ensaiam um “desembarque” do governo justamente por serem favoráveis à saída de Dilma.
A chapa da comissão – eleita por 433 votos contra 1 – foi formada a partir da indicação de 24 partidos, e a distribuição das vagas respeitou o tamanho de cada sigla na bancada da Câmara.
A próxima etapa é a eleição do presidente e do relator da comissão especial. Com a aprovação dos nomes e instalação da comissão, a presidenta Dilma deve ser comunicada oficialmente sobre o início da análise e, a partir daí, terá dez sessões do plenário para apresentar a sua defesa. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o trâmite deverá ocorrer da forma “mais célere possível”.
O pedido de impeachment acolhido em dezembro pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é centrado no fato de Dilma ter editado seis decretos entre julho e agosto de 2015 autorizando o governo a gastar 2,5 bilhões de reais a mais que o previsto no Orçamento. Para os autores, Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, houve crime de responsabilidade.
A tramitação do impeachment estava parada na Câmara porque o rito que elegeu a comissão especial em dezembro foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), fazendo o debate voltar à estaca zero. Com a confirmação dada nesta quarta-feira 16 pelos ministros – que rejeitaram recursos da Câmara -, o rito pode continuar.
Veja a lista dos 65 deputados que compõem a comissão do impeachment:
PT – 8 Arlindo Chinaglia (SP) Henrique Fontana (RS) José Mentor (SP) Paulo Teixeira (SP) Pepe Vargas (RS) Vicente Candido (SP) Wadih Damous (RJ) Zé Geraldo (PA)
PMDB – 8 João Marcelo Souza (MA) Leonardo Quintão (MG) Leonardo Picciani (RJ) Lúcio Vieira Lima (BA) Mauro Mariani (SC) Osmar Terra (RS) Valtenir Pereira (MT) Washington Reis (RJ)
PSDB – 6 Bruno Covas (SP) Carlos Sampaio (SP) Jutahy Junior (BA) Nilson Leitão (MT) Paulo Abi-Ackel (MG) Shéridan Oliveira (BA)
PP – 5 Aguinaldo Ribeiro (PB) Jerônimo Goergen (RS) Júlio Lopes (RJ) Paulo Maluf (SP) Roberto Brito (BA)
PSB – 4 Bebeto Galvão (BA) Danilo Forte (CE) Fernando Coelho Filho (PE) Tadeu Alencar (PE)
PR – 4 Edio Lopes (RR) José Rocha (BA) Maurício Quintella Lessa (AL) Zenaide Maia (RN)
PSD – 4 Júlio Cesar (PI) Marcos Montes (MG) Paulo Magalhães (BA) Rogério Rosso (DF)
DEM – 3 Elmar Nascimento (BA) Mendonça Filho (PE) Rodrigo Maia (RJ)
PTB – 3 Benito Gama (BA) Jovair Arantes (GO) Luiz Carlos Busato (RS)
PRB – 2 Jhonathan de Jesus (RR) Marcelo Squassoni (SP)
PSC – 2 Eduardo Bolsonaro (SP) Marco Feliciano (SP)
PDT – 2 Flavio Nogueira (PI) Weverton Rocha (MA)
SD – 2 Fernando Francischini (PR) Paulinho da Força (SP)
PSC – 2 Eduardo Bolsonaro (RJ) Pastor Marco Feliciano (SP)
PROS – 2 Eros Biodini (MG) Ronaldo Fonseca (DF)
PTdoB – 1 Silvio Costa (PE)
PPS – 1 Alex Manente (SP)
PCdoB – 1 Jandira Feghali (RJ)
PSOL – 1 Chico Alencar (RJ)
PTN – 1 João Bacelar (BA)
PEN – 1 Junior Marreca (MA)
PHS – 1 Marcelo Aro (MG)
PV – 1 Evair Melo (ES)
PMB – 1 Weliton Prado (MG)
Rede – 1 Aliel Machado (PR)