Esta semana o mundo assistiu a um caso de racismo no esporte. “Aquele preto ali. Vá lá e verifique quem é. Aquele preto ali. Não dá para agir assim”, afirmou um árbitro durante uma partida de futebol. O caso repercutiu no noticiário mundial. Já no Brasil, recentemente um homem negro foi espancado até a morte por seguranças de um supermercado. Os casos de racismo, no país, se acumulam.
Para tentar barrar o preconceito, a Câmara aprovou nesta quarta-feira (9) a adesão do Brasil à Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância (PDC 861/17). O PSD votou a favor da matéria por entender a importância do tema.
A convenção trata da discriminação racial e ainda da intolerância, conceituada como “um ato ou conjunto de atos ou manifestações que denotam desrespeito, rejeição ou desprezo à dignidade, características, convicções ou opiniões de pessoas por serem diferentes ou contrárias”.
A convenção lista 15 situações que se enquadram nesses atos e manifestações, como “qualquer ação repressiva fundamentada em discriminação em vez de basear-se no comportamento da pessoa ou em informações objetivas que identifiquem seu envolvimento em atividades criminosas”.
Os países que ratificarem a convenção devem se comprometer a prevenir, eliminar, proibir e punir, de acordo com suas normas constitucionais e com as regras da convenção, todos os atos e manifestações de racismo, discriminação racial e formas correlatas de intolerância.
O documento determina que os países ratificantes devem se comprometer ainda a garantir que seus sistemas políticos e jurídicos “reflitam adequadamente a diversidade de suas sociedades, a fim de atender às necessidades legítimas de todos os setores da população, de acordo com o alcance da convenção”.
Nesta quarta-feira (9), a Câmara aprovou a matéria em primeiro e segundo turnos. O PDC segue agora para análise do Senado.
Com informações da Agência Câmara.