Presidente da comissão especial que analisa o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) propôs, por volta da 0h deste sábado (9), que a sessão em que é debatido o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) seja estendida até as 8h. A reunião começou por volta das 15h40 de sexta-feira, e a lista de inscritos, cerca de 40 minutos depois.
“Quando vejo os deputados de governo e oposição tão dispostos, me pergunto se não é melhor deixarmos a sessão continuar até cinco, seis, sete, oito horas da manhã para que todos possam falar”, afirmou.
Por acordo dos líderes, a sessão acabaria às 3h de sábado, 12 horas após o horário previsto para começar. Com o atraso, a reunião está prevista para ser encerrada às 4h20. Por enquanto, 34 deputados já falaram, mas há 116 deputados inscritos. Cada um tem direito de discursar por 15 minutos.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que toparia o acordo, desde que os discursos abordassem outros pontos do tema. “Só tenho que fazer um apelo: parem de repetir os mesmos argumentos. Já são horas e horas dos mesmos discursos”, afirmou. Parlamentares de oposição protestaram.
O PT quer encerrar a reunião antes que todos falem porque há mais inscritos para falar a favor do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) – que defende o afastamento da petista – do que contra o impeachment. Quando acabarem os apoiadores do governo, haveria consecutivos discursos pela saída de Dilma.
Não houve acordo sobre prorrogar a sessão até a manhã de sábado.