Aécio Neves disse no encontro que maioria no país exige a saída de Dilma
BRASÍLIA – Um grupo de juristas pró-impeachment participou de um ato na manhã desta quinta-feira na Câmara dos Deputados. Os juristas rebateram os argumentos de que o processo caracteriza um golpe e defenderam a legalidade dos procedimentos. O ex-presidente do STF Carlos Velloso foi um dos participantes e afirmou que a conduta adotada até agora está na previsão da Constituição.
– O impeachment tem caráter político-jurídico. Quero dizer que a condução feita pelo presidente da comissão do impeachment (deputado Rogério Rosso) foi feita com muito critério. Não há o que falar em golpe. Não é apenas a eleição que legitima, mas o exercício do mandato tem que ser com vistas ao interesse público. Os senhores (deputados a favor do impeachment) estão no caminho da legalidade – disse Velloso.
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), abriu o ato e disse que a maioria da sociedade brasileira exige a saída da presidente Dilma Rousseff.
– O crime está largamente comprovado. Houve dolo sim. E as mentiras da presidente afetaram não só o resultado eleitoral como destruíram a economia. A constatação generalizada dos brasileiros é que o Brasil precisa de uma nova chance – disse Aécio Neves.
Para o senador, há esperança de que um eventual governo Michel Temer dê certo e que faça as reformas necessárias que o país precisa, que adote uma política externa altiva e proceda um enxugamento na máquina pública.
Evandro Éboli