Brasília – Começou na manhã desta terça-feira, 15, a sessão do Conselho de Ética para apresentação do novo relatório que pede a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O advogado do peemedebista, Marcelo Nobre, disse temer que os mandados de busca e apreensão desta manhã comprometam a conjuntura política de hoje no colegiado. “Me preocupa, mas vou continuar fazendo minha defesa técnica”, afirmou.
Nobre é advogado de Cunha apenas na ação disciplinar na Casa e não seu defensor no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele não pretende mudar a estratégia de defesa do presidente da Casa. “Não vejo mudança. Uma coisa é a ação no Supremo. A discussão no Conselho é outra. Aqui é quebra de decoro parlamentar. Lá é ação judicial”, disse.
Vergonha
O novo relator do processo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO) fará a leitura do parecer prévio. O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), iniciou a sessão dizendo que a última reunião foi vergonhosa para os parlamentares. “Se pudéssemos apagar (a última sessão) seria a melhor coisa que poderíamos fazer. Foi um fato deplorável, que nada engrandece o Conselho”, afirmou Araújo, numa referência à troca de tapas entre os deputados Wellington Roberto (PR-PB) e Zé Geraldo (PT-PA).
Ele fez um apelo para que a sessão não tenha incidentes e “transcorra na paz”. “Espero que a briga da última sessão não se repita”, emendou Araujo.