Marcos Rogério deveria ler parecer sobre processo que busca cassar mandato do peemedebista ainda nesta terça-feira (16); ação já se arrasta há quatro meses no Conselho de Ética Alex Ferreira / Câmara dos Deputados – 16.02.2016 O advogado de Eduardo Cunha, Marcelo Nobre, conversa com o presidente do Conselho de Ética
Relator do processo que pede a cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados, Marcos Rogério (PDT-RO) pediu a extensão do prazo para apresentar a denúncia contra o parlamentar, nesta terça-feira (16), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.
Assim, a primeira sessão de 2016 do processo que já se arrasta há quatro meses, segundo o qual Cunha teria mentido na CPI da Petrobras sobre a manutenção de contas no exterior, manteve a ação travada. Ainda não está claro se os integrantes da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar votarão a favor ou contra a continuidade do processo.
Presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PSD-BA) justificou a decisão de Rogério de adiar a leitura do relatório por 24 horas sob a alegação de que o tempo é necessário para a análise de novas petições enviadas a ele pelo PSOL a respeito de Cunha.
O partido pede para que sejam inclusos no relatório depoimentos de delação premiada de empreiteiros investigados na Operação Lava Jato. Entre eles estão inclusos o de Júlio Camargo, que afirmou ter pago US$ 5 milhões em propina a Cunha na intermediação de um negócio de compras de navios-sonda pela Petrobras. O deputado nega as acusações.
Ao mesmo tempo, o advogado do peemedebista no Conselho, Marcelo Nobre, entrou com mandado de segurança no Supremo para pedir mais tempo para apresentar a defesa de seu cliente. Segundo ele, as informações passadas pelo PSOL ao relator não podem se constituir provas, já que foram baseadas somente em reportagens jornalísticas.