Nas contas de integrantes do grupo, caso haja desistência de alguns dos candidatos, o grupo poderá reunir cerca de 200 votos dos 513 possíveis
BRASÍLIA – Em almoço realizado nesta segunda-feira, 11, líderes do centrão (PSD, PP, PR, PTB e outros partidos médios) decidiram que irão entrar em campo para tentar reduzir ao máximo o número de candidatos na disputa pela presidência da Câmara. A previsão é que ao haja ao menos 12 postulantes para suceder o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao comando da Casa na última quinta-feira, 8. O vencedor deverá assumir um mandato tampão até fevereiro do ano que vem e será responsável por conduzir as principais propostas de interesse do Palácio do Planalto.
A ideia dos líderes do centrão é deixar o caminho aberto para o líder do PSD, Rogério Rosso (PSD-DF), que conta com o apoio do governo e de Cunha. Rosso oficializou nesta segunda seu nome como candidato. Fizemos algumas contas. Está difícil, mas vamos ver, afirmou ao Estado o líder do PSD após deixar o encontro realizado na casa do líder do PTB, Jovair Arantes (GO).
A ideia é trabalhar pela retirada das candidaturas nas próximas horas. Se acontecer, dá até para ganhar no primeiro turno. Mas está difícil convencer os candidatos porque vai ser oferecido o quê? Não tem nem comissão nem cargos para oferecer agora, ponderou o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Nas contas de integrantes do centrão, caso haja desistência de alguns dos candidatos, o grupo poderá reunir cerca de 200 votos dos 513 possíveis.
No encontro, os integrantes do centrão também defenderam que a sessão da disputa pela presidência da Câmara seja realizada a partir das 11h e não às 19h, desta quarta-feira, 13, como foi acordado no final de semana. A mudanças do horário deve ser discutida na reunião de líderes prevista para ocorrer na tarde desta segunda. O receio dos líderes é que com a possibilidade de haver um segundo turno, a disputa entre madrugada a dentro.
Erich Deca, O Estado de S.Paulo