ROGÉRIO ROSSO
Líder do PSD afirma que, com cassação de Cunha, centrão será comandado por um conjunto de parlamentares
Qual o futuro do centrão?
Acho que o centrão continua sendo fundamental. É natural que partidos que tem afinidade e história juntos permaneçam unidos, principal-‘ mente sendo do núcleo do governo.
Haverá um novo líder para substituir Cunha?
Não existirá mais uma pessoa em si, isso é coisa do passado. Vai ser um conjunto de líderes, uma coordenação. Não vai mais ter um herdeiro, nem tem lugar para isso.
E a relação com o governo?
Tranquilíssima. Ou a Câmara enfrenta esses temas ou o país não vai conseguir sair da crise. O conjunto de governo vai aprovar as reformas. É natural que existam divergências técnicas e políticas, mas o conjunto vota junto.
Toda a bancada votou pela cassação e o senhor também. Foi traição?
Cada um votou de acordo com a sua consciência, eu liberei a minha bancada e houve um entendimento comum sobre o processo. Foi uma votação muito difícil para todos, mas acompanhei a bancada e não seria diferente.
O senhor teme ameaças de Cunha? Eu? Estou na paz total. É tão difícil esse momento que é compreensível qualquer reação mais forte.