BRASÍLIA- Pré-candidato a prefeito do Rio nas eleições deste ano, o deputado Indio da Costa (PSD-RJ), defendeu que haja intervenção federal no estado do Rio. Em ofício encaminhado ao presidente interino Michel Temer, Índio faz o apelo para que a União intervir no rio, com urgência, porque segundo ele ” no estado se instalou uma situação de progressivo e acelerado comprometimento da ordem pública. De acordo com o deputado, se a intervenção federal for efetivada, o governo federal passará a comandar os serviços de educação, saúde e segurança.
No ofício, Índio da Costa diz que há assassinatos a todo momento no estado, os hospitais públicos do estado estão sem capacidade de atendimento digno à população e as escolas não conseguem ensinar, porque os professores estão sem pagamento e sem garantias para trabalhar de forma digna. O deputado diz ainda que as prisões no estado “estão sem controle”, conforme relatório publicizado da Vara de Execuções Penais.
“As pessoas no Rio de Janeiro perderam as garantias constitucionais porque a calamidade financeira reconhecida em decreto pelo governo interino, Francisco Dornelles, tirou do governo do estado o princípio da autoridade e a capacidade de recuperação dela em tempo suficiente para garantir a ordem pública”. O deputado faz referência ainda aos desentendimentos públicos entre Dornelles e o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Segundo Índio da Costa, o estado enfrenta problemas semelhantes ao do governo federal por erros no modelo de gestão, mas que a situação do Rio é mais grave porque o estado não possui recursos e possibilidade de solução que a União tem. “Estou convencido, senhor presidente, que ser a intervenção constitucional do governo federal no Estado do rio de janeiro, imediatamente, logo, logo, estaremos diante de um fissura social gravíssima, sem retorno.”
O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) reagiu ao discurso e disse que é contra a intervenção federal no Rio. Segundo ele, os problemas do Rio foram causados por má gestão dos governantes e o estado, que já recebeu quase R$ 3 bilhões de ajuda federal, precisa encontrar, sozinho, uma solução para o problema.