José Carlos Araújo rebate críticas de que erra de propósito para permanecer na mídia
BRASÍLIA – O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PSD-BA), reagiu às críticas do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), feitas na noite de quinta-feira, de que erra de propósito na condução do processo do peemedebista só para permanecer na mídia. Araújo afirmou ao GLOBO que não procede dessa maneira e que não concedeu a vista no processo de Cunha – o que atrasaria ainda mais o caso – com base numa questão de ordem respondida pelo próprio presidente da Câmara. Nesse documento, Cunha diz que se o relator for substituído e o relatório sofrer apenas pequenas modificações, não precisa conceder vista.
Araújo afirmou que Cunha quer justificar o injustificável e que tenta de qualquer jeito impedir a aprovação da admissibilidade para fugir da “pecha de investigado”.
– Não errei nada. A decisão que tomei de não dar vista foi baseada numa questão de ordem dele (Cunha) mesmo. O presidente Eduardo Cunha quer justificar o injustificável. Ele não queria que abrisse o processo e passasse a ser investigado. O grande problema da aceitação da admissibilidade é que ele não queria a pecha de investigado. E agora, queira ou não, é – afirmou Araújo, que complementou. – Nunca falei em cassar Eduardo Cunha. Sempre falei em dar direito a ele de provas as coisas. De que realmente ele diz a verdade, que não tem conta na Suíça, que não recebeu propina da Petrobras. E por aí.
Evandro Éboli