Nomes indicados para comissão especial serão definidos na tarde desta segunda-feira
BRASÍLIA – Ao sair da reunião de líderes da base aliada com o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), os deputados José Guimarães (PT-CE) e Rogério Rosso (PSD-DF) defenderam uma solução intermediária para que o Congresso volte ao trabalho o mais rápido possível para julgar o impeachment e votar outras pautas do governo. O recesso seria reduzido a poucos dias.
O líder do PT na Câmara, José Guimarães, disse que os aliados avaliam que não há clima no país para aprovar o impeachment.
– Os deputados viajaram para seus estados, acompanharam os desdobramentos dessa questão e a avaliação, eu diria quase unânime, é de que o ambiente politico no país é muito favorável a desconstrução dessa tese de impedimento, por razões políticas e razões jurídicas – disse o líder petista.
Até as 18 horas, os partidos devem entregar a lista dos indicados para compor a comissão especial de impeachment. Para o líder do PSD, Rogério Rosso, os membros indicados precisam ser preparados para o embate jurídico. A definição, segundo ele, será na tarde desta segunda.
– Até lá tem muito ajuste ainda. Não se sabe se teremos ou não recesso. Vários parlamentares indicam importância de ter recesso – disse Rosso, completando:
– Minha percepção é que existe padrão dos líderes de que os membros da comissão precisam ser tecnicamente preparados para o embate jurídico – afirmou Rosso.
Segundo Guimarães, a maioria dos líderes da base aliada é favorável a um recesso curto e o retorno até o início de janeiro. Ele citou os projetos que são prioridades para votação:
– Queremos votar PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), projeto antiterrorismo e as medidas provisórias que estão trancando a pauta.
Catarina Alencastro