SÃO PAULO (Reuters) – O PSD liberou seus deputados federais para votarem como quiserem no pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, informou nesta segunda-feira a liderança do partido na Casa.
A liberação da bancada de 31 deputadas foi dada pelo presidente em exercício do PSD, Guilherme Campos, disse a liderança do partido na Câmara.
O presidente nacional do partido, o ministro das Cidades Gilberto Kassab, está licenciado do cargo, e o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), está afastado do posto para se dedicar à presidência da comissão especial que analisa o pedido de impeachment na Câmara.
A liberação da bancada do PSD acontece na véspera de o PMDB, maior partido da base de apoio de Dilma, reunir seu diretório nacional para decidir sobre o rompimento com o Palácio do Planalto. O mais provável é que a maioria do diretório peemedebista decida pelo desembarque do governo.
As defecções na base aliada são uma derrota para o governo, que tenta barrar já na Câmara o pedido de impedimento de Dilma.
Caso a comissão especial aprove um parecer favorável ao pedido de impedimento, esse relatório terá de ser aprovado por pelo menos 342 deputados em votação em plenário. Se isso acontecer, caberá ao Senado, por maioria simples, decidir se acata ou não a decisão da Câmara de instaurar processo de impedimento contra Dilma.
Se os senadores decidirem abrir o processo, a presidente terá de se afastar do cargo até que seja julgada pelo Senado, assumindo a Presidência até lá o vice Michel Temer.
(Reportagem de Eduardo Simões)