BRASÍLIA (Reuters) – Deputados do PSD devem se reunir na quarta-feira para liberar em definitivo sua bancada para a votação do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara, após mal-estar causado pelo posicionamento contrário ao processo durante a votação na comissão especial que tratava do tema.
Segundo uma fonte do partido, não há previsão de desembarque oficial do governo, mas a bancada de 36 deputados em exercício, dividida sobre a questão, irá reafirmar a decisão de liberar a bancada já anunciada no dia 28 de março.
A reunião servirá também para que deputados da ala favorável ao impeachment reclamem da postura do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que na segunda-feira, durante a análise do parecer pela admissibilidade do impeachment, orientou a votação da bancada contra a abertura do processo.
A postura, segundo a fonte, foi encarada como um descumprimento de acordo por essa parcela da bancada.
O governo trabalha para garantir que não haja votos suficientes para autorizar a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma. Para que a denúncia seja aceita são necessários os votos de 342 deputados, número equivalente a dois terços do plenário.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)