Ele vai aguardar decisão do STF sobre a constitucionalidade da candidatura de Rodrigo Maia à reeleição
O líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), suspendeu nesta quarta-feira (25/1) sua campanha para o cargo de presidente da Câmara – a eleição será disputada no dia 2 de fevereiro. Ele explicou que vai aguardar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da candidatura do presidente Rodrigo Maia à reeleição.
“Sempre tive a convicção da inconstitucionalidade da reeleição. Se fosse para excepcionalizar mandato suplementar, a Constituição federal teria feito”, afirmou o parlamentar.
Mais sobre o assunto Rosso aposta na impugnação da candidatura de Rodrigo Maia à Câmara Em jantar com Temer e cúpula do PMDB, Maia crê em vitória em 1º turno Segundo Rosso, o país precisa de um presidente da Câmara que garanta estabilidade política e segurança jurídica. “O grande desafio é reaproximar a Casa da sociedade e resgatar a confiança da sociedade. Uma presidência sub judice não é o melhor para o Brasil”, avaliou.
Rogério Rosso disse ainda que, se o STF se manifestar pela constitucionalidade da reeleição de Maia, vai retirar sua candidatura. No período de suspensão da campanha, o parlamentar do DF atuará no processo de transmissão da liderança para o novo líder, Marcos Montes (MG).
Aliado do outro candidato na disputa, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), Rosso negou que vá ajudar na campanha do colega de Centrão. Não vou trabalhar nos bastidores para ninguém. Confio que o Supremo, no tempo correto, vai se manifestar, respondeu.
Isolado pelo PSD, que nesta terça-feira (24) formalizou o apoio à candidatura de Maia, o deputado negou que se sinta abandonado e evitou comentar a interferência do governo na eleição da Câmara. Rosso destacou que o presidente Michel Temer tem reiterado nas últimas conversas sua distância do processo. Em todas as vezes ele (Temer) manifesta sua isenção e imparcialidade, disse.
Durante a entrevista coletiva, Rosso também evitou comentar a oferta de cargos aos partidos na Mesa em troca de apoio partidário para os demais candidatos e defendeu que o processo deveria seguir o critério da proporcionalidade: os maiores partidos com vagas garantidas na Mesa. O deputado destacou que sua candidatura vinha sendo voltada à tese de reaproximação do Parlamento com a sociedade e do fim das sessões durante a madrugada. Meu foco de fato é a agenda da Câmara.
Prazos
Na semana passada, a Câmara foi notificada pelo STF para se manifestar sobre mandado de segurança que questiona a candidatura e eventual reeleição do atual presidente Rodrigo Maia, sob o argumento de que a Constituição federal e o Regimento Interno da Casa proíbem reeleição de membros da Mesa Diretora para o mesmo cargo dentro da mesma legislatura.
O prazo para que a Casa se manifeste é dez dias úteis que começam a contar a partir do momento que o aviso de recebimento chegar ao STF.
Nesta segunda, o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador Hilton Queiroz, suspendeu a decisão liminar da 15ª Vara Federal de Brasília que havia determinado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que se abstivesse de se candidatar para a Presidência da Casa na próxima eleição da Mesa Diretora. (Informações da Agência Câmara e da Agência Estado)
Da Redação