Outros países costumam usar o GLP, por exemplo, para aquecimento de ambientes na avicultura e suinocultura; higienização dessas áreas; chamuscagem de pele animal; e combate contra pragas e ervas daninhas nas plantações.
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural realizará audiência pública, na terça-feira (24), audiência pública para discutir outras formas de utilização do gás liquefeito de petróleo (GLP). No Brasil, ele é mais conhecido como gás de cozinha ou usado para o aquecimento da água do banho, por exemplo.
O potencial do GLP, entretanto, vai além e vem sendo aproveitado amplamente no agronegócio em países como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Canadá e Japão.
O debate foi proposto pelo deputado Moreira Mendes (PSD-RO), para quem o pouco uso do produto no País se deve ao desconhecimento de suas possibilidades. “O único conhecimento que o produtor rural tem do GLP é o botijão de gás, que ele usa em casa e leva para as famílias que moram na propriedade dele. Quando muito também o utiliza para esquentar a marca de ferro a fogo dos animais”, diz.
Legislação
Mendes afirma ainda que a legislação brasileira precisa ser atualizada, uma vez que pune criminalmente quem usar o gás liquefeito de petróleo nas propriedades rurais, resquício de uma época de crise do petróleo. O deputado ressalta que a energia do GLP hoje está presente em todo o Brasil, é limpa, transportável, armazenável e versátil, visto que pode ser amplamente aplicada nos segmentos residencial, comercial e industrial.
No agronegócio, a substância pode ser utilizada para aquecimento de ambientes na avicultura e suinocultura; higienização de áreas de criação de aves e suínos; chamuscagem de pele animal; combate contra pragas e ervas daninhas nas plantações, entre outras coisas. Já em zonas remotas, o GLP pode ser usado como fonte de energia para eletrodomésticos como geladeira, ar-condicionado e aquecedor de ambiente.
Convidados
Foram convidados para o debate:
– o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão;
– o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes;
– o superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral; e
– o presidente do Sindicato dos Distribuidores de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Melo.
A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 6.