Parlamentares governistas apresentaram uma série de questões de ordem na comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), por exemplo, quer que sejam retiradas do processo as referências à delação premiada do senador Delcídio do Amaral sobre o suposto envolvimento da presidente da República em investigações em curso na Operação Lava Jato.
Apesar de o presidente da comissão especial, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), já ter garantido que novas denúncias não serão aditadas ao pedido original – que se baseia apenas nas chamadas “pedaladas fiscais” e suposto desrespeito a leis orçamentárias -, Paulo Teixeira avalia que as referências à delação de Delcídio possam influenciar o juízo dos demais deputados.
“É preciso fazer desentranhamento dos documentos e delimitar o alcance do processo sob pena de grave violação ao direito de defesa da presidente da República”, afirmou o deputado Paulo Teixeira, que também pediu nova notificação a Dilma e o consequente aumento de prazo para a defesa.
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O deputado Pepe Vargas (PT-RS) também apresentou questão de ordem, há pouco, em que pede a suspensão dos trabalhos da comissão devido ao fato de as supostas irregularidades orçamentárias da presidente da República, relativas a 2015, ainda não terem sido apreciadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nem terem sido julgadas pelo Congresso Nacional. As questões de ordem serão posteriormente respondidas pelo presidente da comissão, Rogério Rosso.
A reunião da comissão especial do impeachment foi suspensa agora há pouco devido à reunião da Comissão Mista do Orçamento (CMO) prevista para 14h30, também no Plenário 2. A intenção de Rosso é retomar a reunião do impeachment logo após a da CMO.