G1 – Globo: Veja a repercussão política da queda de 1,9% do PIB no 2º trimestre

Com recuo em relação ao trimestre anterior, país entrou em recessão técnica.

Políticos da base governista e de oposição comentaram queda na economia.

Após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar nesta sexta-feira (28) que o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 1,9% no segundo trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores, políticos comentaram a queda na economia. Para a oposição, o resultado reflete “erros” na política econômica do governo. A base governista afirma que o resultado mostra o momento financeiro delicado do país e defende a criação de estímulos para a retomada do crescimento.

Com o recuo no PIB, o país entrou na chamada “recessão técnica”, que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. De janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7%. Além de políticos, o G1 também repercutiu a notícia com economistas.

Veja abaixo o que políticos disseram sobre o recuo no PIB:

Aécio Neves (PSDB-MG), senador e presidente nacional do PSDB “As estatísticas representam o cotidiano de dificuldades que os brasileiros enfrentam em seu dia a dia: preços em disparada, desemprego em ascensão, renda em queda livre, endividamento recorde, empresas em falência, desalento.”

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Antônio Imbassahy (PSDB-BA), deputado Na verdade, o brasileiro vai voltar a ouvir uma palavra estranhíssima que é a estagflação, que é inflação com a estagnação da economia, o pior dos mundos. Isso é uma coisa gravíssima, disse.

Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado “Achei preocupante [o resultado do PIB] porque a economia desacelerou muito rápido. Eu acho que o governo tem que tomar iniciativa e resgatar confiança e criar condições necessárias para a recuperação. O governo tem que sinalizar para iniciativa privada que o Brasil tem jeito e pode voltar a crescer.”

Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB na Câmara O resultado do PIB mostra que é necessário encontrar formas de destravar a economia, retomar a confiança dos investimentos no país, para a gente voltar a crescer. E isso começa pela organização política, ter tranquilidade política. Em seguida, é preciso investir no crescimento, na geração de emprego. Fazer principalmente com que o setor produtivo possa se desenvolver

Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara “É o resultado do desastre da política econômica petista. Estamos vivendo isso de forma muito dura, com inflação de quase dois dígitos, desemprego explosivo e a recessão que corrói o poder de compra do trabalhador. Precisaria de uma coisa que o governo não terá como construir mais, que é a credibilidade. Por mais esforço que o Joaquim Levy faça, ele não conseguirá resgatar isso. O gverno também deveria cortar na carne, diminuir o tamanho da máquina pública.”

Paulo Paim (PT-RS), senador “Pelas palavras que eu ouvi da própria presidenta, 2016 inclusive vai ser um ano ainda muito, muito difícil. Eu, infelizmente, que não sou pessimista, me considero sempre um otimista, não acredito que o PIB chegue a um patamar de 1 ou 2% – veja bem, 1 ou 2% – no próximo trimestre.”

Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), senador “É um dado que nos assusta. Ele retrata o movimento da economia brasileira e já nos coloca em retração. No meu entender, aponta que o caminho adotado para a economia não foi o caminho correto. Países que adotaram ajuste fiscal e redução de investimento têm tido retrações na economia. A política econômica adotada não foi a correta”, disse.

Rogério Rosso (DF), líder do PSD na Câmara “Tenho insistido para o ministro Levy, a equipe econômica, que o Brasil precisa ajustar a economia, mas ao mesmo tempo criar estímulos que não necessariamente passam por renúncia, mas sim por melhoria no sistema de transporte e logística e incentivos ao setor produtivo. Eu fico muito preocupado com esse resultado do PIB e isso demonstra a necessidade de correção de rumo na gestão da economia. É preciso também lançar uma cultura exportadora mais forte e para isso o governo é ator principal. Não é só lançar medida de contenção de gasto, mas também ter agenda produtiva.”

Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder do DEM no Senado “O cenário é de terra arrasada para esse e para o próximo ano. Indústria, investimentos, consumo das famílias, tudo ladeira abaixo. E advinha o que subiu? O consumo do governo. Os avanços dos últimos anos na economia estão seriamente comprometidos e esse governo não tem condições nem capacidade de mudar esse cenário.”

Silvio Costa (PSC-PE), vice-líder do governo na Câmara “Isso [queda do PIB] é reflexo da lentidão do Congresso em relação à votação do ajuste fiscal. A segunda questão é que não foi no tamanho que a União precisa e, em terceiro lugar, os efeitos financeiros do ajuste fiscal na economia só ocorrerão a partir do segundo semestre de 2016. […] A nossa expectativa é que no segundo semestre a economia reaja porque, por exemplo, em dezembro vai ter o incremento de 13º na economia. E acho que, como o governo nesses últimos dois meses tem sinalizado em, definitivamente, colocar o ajuste fiscal na ordem do dia, diminuindo ministérios, os números serão mais animadores.”

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