G1 – Globo | Política: Um dos favoritos, Rosso confirma candidatura à presidência da Câmara

Ele disse que tem o aval da família e do partido para concorrer ao posto.

Deputado presidiu a comissão do impeachment de Dilma Rousseff na Casa.

Um dos favoritos na disputa pela presidência da Câmara, o líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), confirmou nesta segunda-feira (11) que vai disputar a eleição para a vaga aberta após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Rosso explicou que tem o aval da bancada do partido na Câmara e o apoio da família, mas, como preferiu esperar pelas definições das regras da eleição, ainda não registrou oficialmente a sua candidatura.

Deputado deixa presidência da Câmara

Até o momento, ele é tido como um dos principais nomes para vencer a eleição, ao lado do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Rosso é aliado próximo de Cunha e um dos parlamentares mais influentes do chamado “Centrão”, bloco que reúne os partidos de centro-direita da Casa. Neste ano, o nome de Rosso ganhou peso na Câmara após ele ter presidido a comissão especial do impeachment que analisou o afastamento de Dilma Rousseff.

Outro ponto a favor dele, na visão do governo, é o fato de que ele ele tem bom trânsito entre as principais lideranças da Câmara e tem baixo índice de rejeição, além de não ter a imagem ligada aos velhos caciques do Congresso Nacional. O deputado do PSD chegou a governar o Distrito Federal, em 2010, em um mandato tampão quando o então governador José Roberto Arruda (PR-DF) foi preso e afastado do Palácio do Buriti.

Para ter chances de se eleger para o mandato tampão de presidente da Câmara até fevereiro, o deputado do PSD terá de superar a concorrência do grande número de deputados governistas que se lançaram na corrida eleitoral mesmo sem apoio de seuspartidos. Mapeamento do Palácio do Planalto identificou que até 12 integrantes de partidosalinhados ao governo pretendem concorrer à sucessão de Cunha.

Outro desafio de Rosso é contornar a desconfiança das legendas da antiga oposição (PSDB, DEM, PPS e PSB) com as siglas do “Centrão”, estreitamente identificadas como aliadas de Eduardo Cunha.

Data da eleição Após um fim de semana de intensas negociações, líderes partidários e o presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), acordaram que a eleição para a presidência da Casa deve ser realizada na noite da próxima quarta-feira (13).

Maranhão foi convencido neste domingo (10) por interlocutores do governo Michel Temer a antecipar a data da eleição, marcada anteriormente por ele para quinta. Ele deve anunciar a mudança após reunião de líderes nesta segunda.

Desde que a corrida pela presidência da Câmara, que estava limitada aos bastidores nas últimas semanas, foi deflagrada oficialmente com a renúncia de Cunha, a data da eleição se transformou em um conflito entre o presidente interino da Casa e líderes partidários.

No mesmo dia da renúncia, Maranhão marcou o pleito para a próxima quinta, mas foi desautorizado pelos líderes partidários, que a anteciparam para terça.

Candidaturas confirmadas Até a manhã desta segunda, seis deputados já haviam formalizado a participação na eleição prevista para acontecer nesta semana. Veja quem são:

Fausto Pinato (PP-SP): advogado, tem 39 anos e está em seu primeiro mandato. Chegou a ser eleito relator do processo contra Cunha no Conselho de Ética, mas foi substituído. Carlos Gaguim (PTN-TO): administrador, tem 55 anos e também está no primeiro mandato. Foi vereador e deputado estadual no Tocantins. Governou o estado após a cassação do então governador Marcelo Miranda e do vice Paulo Sidnei pelo TSE, em 2009. Carlos Manato (SD-ES): médico, tem 58 anos e está no quarto mandato na Câmara. É o atual corregedor da Casa e já ocupou cargos de suplente na Mesa Diretora. Marcelo Castro (PMDB-PI): médico, 66 anos, foi ministro da Saúde do governo da presidente afastada, Dilma Rousseff. Como deputado, está no quinto mandato. Fábio Ramalho (PMDB-MG): empresário, está no terceiro mandato consecutivo na Câmara. Ele já foi prefeito do município de Malacacheta (MG), entre 1997 e 2004. Heráclito Fortes (PSB-PI): funcionário público, exerce o quintomandato na Câmara. Ex-integrante do DEM, foi um dos principais opositores do governo Lula no Senado. Já comandou a prefeitura de Teresina.

Além deles, três deputados anunciaram que irão concorrer mas ainda não oficializaram candidatura: o próprio Rosso, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão Roberto Jefferson, e Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara.

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