G1 – Globo | Política: Líderes derrubam decisão de Maranhão e marcam eleição para terça

Presidente em exercício da Câmara havia marcado pleito para quinta (14).

Aliados de Temer pressionaram para antecipar escolha do sucessor de Cunha.

Após reunião nesta quinta-feira (7), os líderes partidários da Câmara decidiram desautorizar o presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), e antecipar a eleição para escolher o sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Cãmara para a próxima terça-feira (12).

Em decisão lida no plenário da Câmara, mais cedo nesta quinta, Waldir Maranhão marcou para quinta-feira (14) a escolha do novo presidente da Casa. Enquanto os líderes estavam reunidos, Maranhão estava em casa, segundo informou sua assessoria de imprensa.

Deputado deixa presidência da Câmara

Nesta quinta, Cunha foi à Câmara dos Deputados entregar sua carta de renúncia à Secretaria-Geral da Mesa. Com a decisão, a Casa tem o prazo de cinco sessões de plenário para realizar uma nova eleição.

O regimento interno da Câmara permite que o colégio de líderes da Câmara convoque sessões extraordinárias para, inclusive, realizar eleições para a presidência da Câmara. Para a votação ter início é necessária a presença de, pelo menos, 257 deputados.

Maranhão decidiu utilizar o prazo máximo e marcar a eleição para quinta-feira, dia em que está marcado o início do recesso branco, quando sessões deliberativas não serão mais convocadas e a presença em plenário não é obrigatória.

No entanto, aliados do presidente em exercício, Michel Temer, queriam maior celeridade na escolha do substituto de Cunha e pressionaram para que a sessão de eleição fosse antecipada para terça.

O líder do PSD, Rogério Rosso (PSD-DF), queria que o pleito fosse realizado já na segunda-feira (11). Já o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), defendia que a eleição acontecesse na quarta (13).

Com a antecipação da eleição, os candidatos para a presidência da Câmara terão até as 12h de terça para formalizarem as candidaturas. Até o momento há, ao menos, oito potenciais candidatos, sendo sete de partidos aliados, o que pode gerar um racha na base do governo.

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