Marcos Rogério defende a continuação das investigações no colegiado.
Sessão acontece durante operação da PF que fez buscas na casa de Cunha
Novo relator no Conselho de Ética, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO,) apresentou nesta terça-feira (15) um parecer preliminar pela continuidade das investigações sobre o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele leu um complemento ao parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), destituído após manobras de aliados do peemedebista. Logo em seguida, houve pedido de vista, o que pode adiar a votação. (Correção: Inicialmente, esta reportagem informou que a votação do parecer havia sido adiada logo após o relator ter feito a leitura do parecer prévio. No entanto, naquele momento, a apreciação do relatório ainda não havia sido adiada. A informação foi corrigida às 10h44.)
PROCESSO DE CUNHAConselho de Ética analisa quebra de decoroorigem do processodefesa de cunhaadiamentostroca de relatorbriga entre deputados
A sessão acontece em meio a uma operação da Polícia Federal, que cumpriu mandado de busca e apreensão na residência oficial de Cunha, em Brasília, e em dependências da Câmara. A PF também cumpriu mandados em endereços do peemedebista no Rio de Janeiro. A ação, batizada de Catilinárias, faz parte das investigações da Operação Lava Jato. O objetivo da operação é coletar provas nos inquéritos que apuram se o presidente da Câmara cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Logo após a breve leitura do complemento, que tinha apenas duas páginas, o deputado Genecias Noronha (SD-CE) pediu vista (mais tempo para análise), o que poderá adiar a votação do parecer por dois dias. Há quase um mês, o colegiado tenta votar o parecer preliminar. Apesar do pedido feito, ainda não há consenso entre os integrantes do colegiado sobre se cabe um novo pedido de vista esse prazo regimental já havia sido concedido quando o parecer do primeiro relator foi apresentado. Na visão do relator, Marcos Rogério, as investigações sobre o presidente da Câmara devem prosseguir porque a representação apresentada contra o peemedebista cumpre “requisitos formais”. Ele foi escolhido para relatar o processo na semana passada, após Pinato ser tirado do cargo. Após a leitura do parecer, o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), deu a palavra para o advogado Marcelo Nobre fazer a defesa de Cunha.