Por 11 votos a 10, o Conselho de Ética conseguiu aprovar a abertura da investigação contra Eduardo Cunha por quebra do decoro parlamentar.
A votação no Supremo Tribunal Federal foi a segunda derrota do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em menos de 24 horas. Porque nos primeiros minutos desta quarta-feira (2), o Conselho de Ética finalmente aprovou a abertura da investigação contra ele.
Foram 11 votos a dez para abertura do processo por quebra do decoro parlamentar. O voto de desempate foi do presidente do conselho.
Até o final de abril nós devemos concluir o trabalho no Conselho de Ética, disse o deputado José Carlos Araújo.
Para facilitar a votação, o relator Marcos Rogério retirou do parecer a acusação de que Cunha teria recebido propina na compra de navios-sonda pela Petrobras. Cunha não se conforma e disse que vai recorrer.
Tem muita coisa errada feita ali. Até ontem mesmo, foi assim um meio golpe, porque avisaram os parlamentares que não ia ter a reunião, os parlamentares foram embora e tentaram fazer de surpresa para depois da sessão, afirma.
No plenário, já sabendo dos votos no Supremo, Eduardo Cunha agiu como se nada tivesse acontecido. Colocou projetos em votação, mas não conseguiu evitar uma sequência de críticas./
Eduardo Cunha não nos representa, não pode presidir a Câmara dos Deputados e agora com mais força ainda, vai se tornar réu de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal, afirma Chico Alencar (PSOL-RJ).
É um grave constrangimento que todos nós estamos vivendo. Não resta outra alternativa, senão o afastamento do presidente Eduardo Cunha, diz José Imbassahy (PSDB-BA)
Aliados de Cunha saíram em defesa dele. Vossa excelência foi apenas denunciado. Tem direito a ampla defesa. Vossa excelência não está condenado e o julgamento não se dará em pouco tempo, afirma o deputado Laerte Bessa (PR-DF).