No fim da tarde de segunda-feira, o governo apresenta a defesa por escrito e faz a defesa oral da presidente. Aí vão sobrar cinco sessões até o dia 11.
O presidente da comissão especial do impeachment na Câmara dos Deputados, Rogério Rosso, anunciou que pretende cumprir de qualquer maneira os prazos do rito do processo para tentar votar o parecer sobre o afastamento ou não da presidente no dia 11 de abril, uma segunda-feira. O repórter Júlio Mosquéra traz os detalhes direto de Brasília.
Vai ser uma corrida contra o tempo. No fim da tarde de segunda-feira, o governo apresenta a defesa por escrito e faz a defesa oral da presidente. A partir daí, vão sobrar cinco sessões, até o dia 11, para o relatório ser votado na comissão especial. Esse prazo não pode ser ultrapassado para não abrir possibilidade de recursos à Justiça.
Esse é o maior temor do presidente Rogério Rosso, que sofre todo tipo de pressão. O telefone dele toca o tempo todo. O governo oferece cargos e mais poder ao PSD, partido de Rosso, para barrar o impeachment. Ele e o deputado Jovair Arantes passam por grande pressão.
Esse cronograma vai por água abaixo se Jovair não apresentar o relatório até quarta-feira (6). A oposição não aceita outra data para não dar fôlego ao governo. Jovair terá um dia e meio para escrever o parecer, que ele já disse que será direto, objetivo e técnico. Sem adjetivações.
E tudo isso ainda sob a promessa de cargos e ministério para o PTB, partido dele, se o parecer for contra o impeachment.