Lojas terão que fazer adequações; prazo vai ser definido.
Vistoria ocorreu um dia após protesto que pediu liberdade dos bichos.
Deputados da comissão nacional que apura maus-tratos a animais estiveram no Mercado Central de Belo Horizonte, na manhã deste domingo (29), com o objetivo de fiscalizar o comércio de aves, cães, gatos e outras espécies. A visita gerou incômodo entre lojistas, que terão que fazer adequações no espaço onde os animais são acomodados. Um prazo ainda não foi definido.
De acordo com a assessoria do deputado federal Laudívio Carvalho (PMDB-MG), a intenção foi verificar a situação dos animais. Policiais federais, civis e militares acompanharam a vistoria, que ocorreu de forma rápida. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Maus-Tratos de Animais é presidida por Ricardo Izar (PSD-SP) e foi criada em julho deste ano. A CPI está dando prazo pra o Mercado Central se adequar. Esse prazo será discutido. Pode ser 40 dias, 60 dias, 30 dias. Isso ainda vai depender de uma conversa que teremos com a direção do mercado. O certo é que essa adequação vai acontecer. [..] Nós não estamos querendo proibir a venda de animais, a venda é legal, é legitima. O acondicionamento é que nós entendemos que não está perfeito, disse Carvalho.
A partir da vistoria, uma veterinária da Polícia Civil vai listar as adequações que serão necessárias. O presidente do Mercado Central, José Agostinho de Oliveira Quadros, negou que ocorra maus-tratos e disse que vai cumprir o que for recomendado. Nós queremos adequar tudo que for determinado no prazo legal, não pode ser de um dia para o outro. Tudo que a legislação pede nós estamos cumprindo, afirmou. Neste sábado (28), um grupo com cerca de 80 manifestantes ocupou a entrada da avenida amazonas com cartazes que pediam a liberdade dos bichos e o fim dos maus-tratos. Eles gritaram contra a comercialização dos animais dentro do Mercado Central e pediram apoio aos motoristas que paravam no semáforo.