Primeira versão da lista tem 49 nomes, mas 2 devem disputar pela oposição.
Oposição e dissidentes da base registraram chapa alternativa com 39 nomes.
A chapa oficial de candidatos para a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff tem 49 candidatos, de 20 diferentes partidos, informou nesta terça-feira (8) a Secretaria-Geral da Câmara (veja os nomes ao final da reportagem). Esses deputados vão disputar com os indicados da chapa alternativa, lançada nesta terça pela oposição e por parlamentares dissidentes da base aliada.
Os dois parlamentares indicados pelo PSC para o colegiado deputados Marco Feliciano (SP) e Eduardo Bolsonaro (SP) integram a chapa oficial e também a lista alternativa da oposição. Conforme a Secretaria-Geral, no plenário principal da Casa, será anunciada a permanência dos dois na chapa alternativa, já que eles assinaram individualmente essa lista.
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No protocolo da chapa oficial, a indicação dos dois parlamentares foi feita pelo líder do PSC, André Moura (SE). No momento em que for formalizada a migração deles para a lista oposicionista, a chapa oficial ficará com 47 indicados.
Para poder participar da eleição da comissão especial, que terá 65 vagas, uma chapa precisa contar com 33 indicações. A escolha dos integrantes do colegiado será feita por eleição secreta no plenário da Câmara na noite desta terça. Os deputados terão que escolher entre a chapa oficial e a alternativa.
Os partidos que não tiverem indicações na chapa vencedora serão convocados a apresentar as indicações para completar as vagas. Em seguida, esses nomes serão votados. A votação para eleger os integrantes da comissão será secreta.
Uma sessão extraordinária da Câmara havia sido marcada para a noite desta segunda (7) para eleger a comissão que irá analisar o processo, mas foi adiada em razão do impasse dentro das bancadas para definir os representantes e, principalmente, por conta da insatisfação de uma ala do PMDB com os nomes definidos pelo líder da sigla, deputado Leonardo Picciani (RJ).
Na semana passada, os líderes partidários haviam entrado em acordo para não permitir candidaturas avulsas. No entanto, nesta segunda-feira, deputados da oposição e dissidentes do PMDB reivindicaram a possibilidade de lançar chapa avulsa.
O objetivo da chapa alternativa é compor um grupo com deputados do PMDB que são críticos ao governo Dilma, já que o líder da bancada deve apresentar apenas nomes mais em sintonia com o Palácio do Planalto.
“Queriam formar uma comissão chapa branca, sem interesse em investigar. Por isso, estamos lançando essa chapa”, disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que integra a ala do PMDB que defende o rompimento com a presidente da República.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou e decidiu postergar para esta terça o prazo de indicação de nomes e eleição para a comissão especial. A decisão foi criticada pelos líderes do PMDB, do governo e do PT.
“É inaceitável. Essa comissão já começa inviabilizada. Está se permitindo uma briga interna das bancadas com indicação de membros para outra chapa”, criticou Sibá. “É uma confusão. É a segunda mexida. O prazo para indicação era hoje às 14h. O presidente passou para 18h. Agora remarca para amanhã e permite que dentro de uma mesma bancada haja indicações para outra chapa. É inaceitável”, disse na segunda o líder do PT, Sibá Machado (AC).
Veja lista dos integrantes da chapa oficial à comissão do impeachment:
Chapa alternativa De acordo com os oposicionistas, integram a chapa alternativa 39 deputados indicados por PSDB, SD, DEM, PPS, PSC, PMDB, PHS, PP, PTB, PEN, PMB, PSB e PSD. Segundo os deputados, a chapa foi batizada de “Unindo o Brasil” e foi protocolada na Câmara às 13h50.
Veja os integrantes da chapa alternativa:
PMDB (8 vagas) Osmar Terra (RS) Lelo Coimbra (ES) Carlos Marum (MS) Lúcio Vieira lima (BA) Manoel Junior (PB) Mauro Mariani (SC) Flaviano Melo (AC) Osmar Serraglio (PR)
PSDB (6 vagas) Carlos Sampaio (SP) Bruno Covas (SP) Shéridan (RR) Rossini (PR) Nilson leitão (MT) Paulo Abi-Ackel (MG)
PSB (4 vagas) Fernando Coelho Filho (PE) Danilo Forte (CE) Bebeto (BA) Tadeu Alencar (PE)
PSD (4 vagas) Sóstenes cavalgante (RJ) Evandro Roman (PR) João Rodrigues (SC) Delegado Éder Mauro (PA)
PP (4 vagas) Jerônimo Goergen (RS) Jair Bolsonaro (RJ) Luiz Carlos Heinze (RS) Odelmo Leão (MG)
PTB (3 vagas) Ronaldo Nogueira (RS) Benito Gama (BA) Sérgio Moraes (RS)
SD (2 vagas) Fernando Francischini (PR) Paulo Pereira da Silva (SP)
DEM (2 vagas) Rodrigo Maia (RJ) Mendonça Filho (PE)
PSC (2 vagas) Marco Feliciano (SP) Eduardo Bolsonaro (SP)
PPS (1 vaga) Alex Manente (SP)
PEN (1 vaga) André Fufuca (MA)
PHS (1 vaga) Kaio Maniçoba (PE)
PMB (1 vaga) Major Olímpio (SP)