Sem apoio dentro do próprio partido, deputado do PSD chegou a suspender campanha até que STF se posicionasse; ele afirmou ao G1 que decisão foi tomada na direção da governabilidade.
Após o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberar o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para concorrer à reeleição, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) afirmou que desistirá da disputa.
Em mensagem enviada ao G1, Rosso afirma que “na direção da governabilidade e na busca do consenso”, decidiu não registrar candidatura.
“Desde o início desse processo tinha confiança que o STF se posicionaria antes da eleição e assim o fez. Portanto, na direção da governabilidade e na busca do consenso, não vou registrar minha candidatura. Precisamos de segurança jurídica e constitucional na Câmara para garantir estabilidade nessa dura travessia que teremos pela frente”, disse o deputado.
Desde que anunciou que disputaria a presidência da Câmara, Rosso vinha buscando apoio para viabilizar a candidatura. Ele, porém, sequer conseguiu consenso dentro da própria bancada do PSD, que decidiu apoiar a reeleição de Maia.
Na última semana, Rosso chegou a suspender a campanha até que o STF se manifestasse sobre a candidatura de Rodrigo Maia. Há dois dias, porém, anunciou que retomaria as atividades de candidato.
Rosso foi líder do partido durante o ano de 2016 e saiu fortalecido do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff ao presidir a comissão especial que analisou o tema.
Ele chegou a disputar a presidência da Câmara em julho do ano passado, também contra Maia, quando o deputado cassado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou ao posto.