Folha de S. Paulo: Voz das ruas será ouvida’, diz presidente

Ranier Bragon

De Brasília

O presidente da comissão da Câmara que avaliará o impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), 47, disse que, além da questão jurídica, o “aspecto político e das ruas”, sobretudo, será levado em conta na definição do voto de cada parlamentar.

Afirmou também que caberá à comissão decidir se convida Dilma e Lula para depor e se a delação do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) – que acusa Lula e Dilma de envolvimento no petrolão- será levada em conta.

Rosso, líder da bancada do PSD, é próximo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adversário de Dilma, e do ministro Gilberto Kassab (Cidades), líder do PSD e aliado da presidente.

Folha – O sr. é a favor da convocação ou do convite à presidente Dilma ao ex-presidente Lula para falar na comissão?

Rogério Rosso – Vou submeter à comissão.

Vai acrescentar a delação do Delcídio aos trabalhos?

A comissão especial tem um objeto: a denúncia de crime de responsabilidade formalizada. [A delação] é um ingrediente político adicional para o debate.

É possível a comissão propor o impeachment devido ao desgaste político e não necessariamente ao crime de responsabilidade?

Há os aspectos legais do crime de responsabilidade que precisam estar absoluta

mente claros. O voto do parlamentar leva em consideração, é claro, outros aspectos também. Tenho certeza de que o aspecto jurídico, o institucional, e acima de tudo, o político e das ruas vão prevalecer no voto de cada um.

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