Folha de S. Paulo: Painel

Vera Magalhães

PT no divã

A Executiva Nacional do PT se reúne nesta quinta-feira dividida sobre o partido declarar ou não apoio ao pacote fiscal anunciado pela presidente Dilma Rousseff. Dirigentes preveem que setores ligados aos movimentos sociais e sindical serão contra a adesão global às propostas –principalmente a que trata do adiamento do reajuste do funcionalismo público. Já o governo considera essencial que o partido da presidente saia na frente no apoio incondicional às medidas.

Balança Apesar de o pacote não ter sido bem recebido internamente, a manifestação pública do PT deve ser equilibrada –nem com elogios, nem críticas–, para não dar mais munição à oposição.

Silêncio Nesta terça o partido tomou a frente de uma declaração de apoio à permanência de Dilma no cargo, assinada por partidos da base, mas que não faz menção explícita ao pacote.

Últimos coletes Senadores petistas receberam sinais por parte de entidades de que podem retirar o apoio ao governo caso Dilma insista em cortes no Minha Casa Minha Vida.

Não cola Os movimentos não engoliram a manobra governista para tentar cobrir o corte de dotação orçamentária do programa com emendas dos parlamentares.

Fuso horário Dilma só elencou as medidas do pacote do governo para o vice Michel Temer, que está na Rússia, quando os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) já estavam dando entrevista havia quase uma hora.

Muita calma… Joaquim Levy (Fazenda) tentou não ampliar a repercussão da discussão que teve com Rogério Rosso (PSD-DF).

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