DE BRASÍLIA
Com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de manter sua decisão sobre o rito do impeachment, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcou para esta quinta-feira (17) a instalação da comissão que irá analisar o pedido.
A reunião entre Cunha e líderes partidários foi realizada em meio ao recrudescimento, nesta quarta, da pressão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Pelo novo rito, os líderes partidários terão até às 12h desta quinta para indicar os 65 deputados que irão analisar o caso, nos parâmetros definidos pelo STF. A eleição da comissão, em votação aberta, deve acontecer ainda nesta quinta. A instalação da comissão ocorrerá por volta das 17h.
Após isso, há um prazo de 10 sessões plenárias para a apresentação da defesa de Dilma e, depois, mais cinco sessões para que a comissão aprove o relatório.
A palavra final será dada pelo plenário da Câmara, em votação aberta e com chamada ao microfone. A autorização para a abertura do processo de impeachment se dará pelo voto de pelo menos 342 dos 512 deputados – Cunha não vota nesse caso. Dilma só é afastada do cargo caso o Senado ratifique a decisão da Câmara e abra o processo.
Pelo roteiro traçado por Cunha, com sessões de segunda a sexta, a decisão iria a voto no plenário da Câmara na segunda quinzena de abril Caso a Câmara mantenha a tradição de realizar sessões de primeira quinzena de maio.
Há tentativa de acordo para que a presidência ou relatoria da comissão seja ocupada por um governista. O outro posto seria da oposição. Estão cotados Rogério Rosso (PSD-DF), Jovair Arantes (PTB-GO) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). ( Ranier Bragon e Débora Ávares)