Assim que for notificado, deputado terá dez dias úteis para apresentar a sua defesa
Após três adiamentos, o Conselho de Ética da Câmara aprovou ontem por unanimidade o parecer favorável ao início das investigações contra o deputado André Vargas (sem partido-PR) devido ao seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. Treze deputados foram à sessão.
O colegiado iniciou a sessão à tarde, mas precisou esperar as atividades do plenário da Casa se encerrarem para poder voltar a se reunir e aprovar o relatório apresentado pelo deputado Julio Delgado (PSB-MG).
O único deputado do PT que compareceu à sessão foi Fernando Ferro (PE), que votou a favor da abertura do prosseguimento da representação contra Vargas. Ele não esteve presente nos outros momentos de discussão do colegiado na tarde de hoje.
No início da noite, o conselho chegou a realizar uma votação durante uma interrupção das votações no plenário, mas ela foi anulada porque o plenário da Câmara já havia iniciado a ordem do dia, sessão destinada a votação de projetos de lei.
De acordo com as regras, nenhuma comissão pode realizar votações nesse período.
André Vargas não compareceu à sessão e não indicou um advogado para representá-lo. A falta de um representante de defesa gerou uma polêmica na primeira parte da reunião, iniciada à tarde.
O deputado Fábio Trad (PMDB-MS) questionou se a ausência da defesa poderia suscitar questionamentos jurídicos no futuro. A dúvida atrasou a votação.
O presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), afirmou que tentou localizar Vargas para intimá-lo, mas não conseguiu encontrá-lo. Assim que for notificado, Vargas terá dez dias úteis para apresentar sua defesa e indicar até cinco testemunhas.